Críticas | A Fera
“A Fera” estreia em 11 de agosto nos cinemas brasileiros.
Produções que envolvem animais são complicadas por diferentes motivos. Geralmente, os projetos precisam ser delicados para não se transformarem em episódios de desserviço social que comprometam a história narrada.
Em A Fera, filme de Baltasar Kormákur, infelizmente, acaba se transformando em um desserviço sobre leões e a savana. Estrelado por Idris Elba, Leah Sava Jeffries e Iyana Halley, o longa-metragem conta a história de um viúvo que leva suas duas filhas para a África do Sul, onde conheceu sua esposa, para uma viagem para restaurar o relacionamento fragilizado entre eles. Porém, logo o passeio se torna perigoso quando um leão vingativo começa a persegui-los.
Com um começo forte, com ataque a caçadores ilegais, o longa-metragem perde seus 93 minutos para criar situações a serem superadas onde o “grande vilão” seja um leão que perdeu seu bando, quando, na realidade, deveria explorar a caçada aos criminosos. É uma irresponsabilidade ao fazer um animal em perigo de extinção o vil da narrativa, quando deve ter uma forma mais eficiente para tratar desta narrativa, mesmo que no gênero thriller e survival.
Porém, é necessário aplaudir o elenco pelo esforço, uma trilha sonora com cânticos africanos e uma fotografia memorável pelas paisagens do país. Entretanto, ainda é difícil aguentar alguns artifícios narrativos para justificar diferentes acontecimentos, incluindo aqueles que afetam diretamente a família protagonista.
No fim, A Fera se torna maçante, aborrecedor e, principalmente, ineficaz ao tratar de uma mensagem importante sobre a caça ilegal e como podemos, realmente, ajudar a conservação das espécies.
A Fera estreia em 11 de agosto nos cinemas brasileiros.
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