Críticas | 45 do Segundo Tempo
“45 do Segundo Tempo” estreia em 18 de agosto nos cinemas brasileiros.
Filmes que contemplem os estágios avançados da vida surgem em momentos interessantes dentro do audiovisual mundial. Geralmente, a temática trata sobre a morte de diferentes maneiras e que ajudam o espectador a compreender que viver é uma dádiva a ser abraçada, mesmo com empecilhos que contestem nossas expectativas.
Em 45 do Segundo Tempo, filme dirigido por Luiz Villaça, conhecemos um trio de homens que se reencontram após 40 anos para recriarem uma foto em comemoração a inauguração do metrô em São Paulo. Pedro (Tony Ramos) continua a gerenciar o restaurante da família, mas está afundando em dívidas e a Agência Sanitária deseja fechar o estabelecimento após violações; Ivan (Cássio Gabus Mendes) é um advogado político que enfrenta um divórcio com Lilian (Denise Fraga); Mariano (Ary França) se tornou padre, porém questiona a igreja ao conhecer uma mulher. Juntos mais uma vez, o trio viaja até uma cidade do interior onde construíram memórias quando tinham 15 anos para reviverem aquelas lembranças.
Com 110 minutos, o filme tenta compreender as razões pelas quais eles aceitam essa viagem inesperada, e como a reunião exalta as decisões que tomaram ao longo dos 40 anos separados. É uma história simples, atemporal, contada diferentes vezes e funciona por tratar o existencialismo sempre com uma delicadeza necessária – e com o lado cômico evidenciando a leveza da vida.
No fim, 45 do Segundo Tempo é um longa-metragem sobre o amadurecimento da vida, com a conversa sobre a relação de amizade ao longo dos anos e, principalmente, nossas expectativas e realidades sobre o que é realmente a vida. Às vezes, é apenas ver o time do coração ser vencedor; outras conseguir ter uma conversa aberta com o filho; ou até saber sobre os prazeres da vida mesmo sem saber exatamente o que deseja.
45 do Segundo Tempo estreia em 18 de agosto nos cinemas brasileiros.