Críticas | Pleasure

“Pleasure” estreia hoje, 17 de junho, pelo MUBI Brasil.

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Uma das indústrias mais polêmicas e lucrativas das últimas décadas com certeza tem sido
a indústria pornográfica, e Pleasure, novo filme de Ninja Thyberg, retrata a jornada de uma
jovem sueca em busca do estrelato mundial e o preço que ela tem a pagar por isso.

Vemos Bella Cherry, (cujo nome artístico é o único citado no longa-metragem) interpretada por Sofia
Kappel, lentamente perdendo tudo que tem de mais valioso em busca de fama e dinheiro
em uma das indústrias mais machistas e abusivas dos dias atuais.

Mais do que mostrar uma jovem sendo desiludida do sonho de “transar muito”, como a
própria Bella diz no filme, citando o motivo que a fez entrar no mundo pornográfico, Pleasure
mostra as produções por trás das câmeras, e é aí que o filme mais brilha, mostrando atores
usando remédios, cortes no meio do ato para melhorar o enquadramento e até ameaças
vindo de diretores.

Em certos momentos, o filme é assustador e claustrofóbico, tendo uma cena em especial
onde Bella tem que transar com dois homens que é extremamente desconfortável. A competição entre as próprias atrizes também é trabalhado, mas é a parte mais fraca, já que no início do filme um personagem já telegrafa para nós expectadores o que vai acontecer.

No geral, Pleasure é um bom filme, mas que tem suas limitações. O uso de atores reais da
indústria pornográfica e a desmistificação em torno de como os filmes são feitos, não tendo
nada de natural é um ponto alto, já a história em torno disso, nem tanto.

Pleasure estreia hoje, 17 de junho, na Mubi Brasil.


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Lucas Vinícius

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