“A Mulher do Viajante do Tempo” está disponível pela HBO Max.
Quem acompanha o site com frequência, sabe que comento a dificuldade de adaptações para quaisquer telas. Seja para TV ou cinema, as produções inspiradas em livros são um grande desafio por complexidades diversas, incluindo agradar fãs das obras literárias e trazer os personagens de maneira que acomode dentro das durações determinadas.
A Mulher do Viajante do Tempo, baseada no livro de Audrey Niffenegger lançado em 2003, e escrita por Steven Moffat, é uma produção que mostra a dificuldade que é a uma adaptação. Mesmo com uma história de amor contemplante, sobre um homem com um defeito genético que o permite viajar através do tempo e sua eventual esposa, que o conheceu ainda na infância, a série limitada não entrega tudo que poderia em seus seis episódios.
Theo James e Rose Leslie lideram o elenco da produção que se alterna em diferentes momentos da vida de Henry e Clare. A história em si, é interessante, onde os protagonistas se apaixonando em momentos diferentes, com Clare enamorada há mais de 15 anos com uma versão diferente do homem que deverá se casar. Entretanto, Moffat erra em algumas escolhas narrativas para “aprofundar” o enredo, sem a atenção necessária para ser, no mínimo, relevante.
São detalhes em momentos que não trazem o efeito desejado, se agarrando ao carisma dos atores protagonistas e ao envolvimento estressante de uma relação sem a comunicação desejada. Mesmo com uma estrutura que envolvente, com depoimentos em estilo documental, a série limitada desaparece em uma sequência de equívocos narrativos para se “adequar” aos enredos presentes em projetos televisivos nos últimos anos, esquecendo-se de que sua base é significativa.
A Mulher do Viajante do Tempo está disponível pela HBO Max.