Críticas | O Homem do Norte

“O Homem do Norte” estreia em 12 de maio nos cinemas brasileiros.

Lendas e mitos são inspirações constantes para produções audiovisuais. Suas narrativas que transcendes gerações, fazem parte do imaginário de povos ancestrais. O Homem do Norte (The Northman, no título original), novo filme de Robert Eggers (A Bruxa), busca recontar a história de Amleth, viking que inspirou Hamlet, de William Shakespeare.

Após testemunhar o assassinato do pai, o Rei Corvo, pelas mãos do próprio tio, Amleth foge do único lar que conhece. Anos depois, sem revelar sua identidade, consegue reencontrar seu inimigo e, ao lado de uma mulher das florestas de bétulas, começa a sua vingança — que deverá encerrar somente nas terras escaldantes.

Alexander Skarsgard interpreta a versão adulta de Amleth. O filme ainda é estrelado por Nicole Kidman, Anya Taylor-Joy, Ethan Hawke, Willem Dafoe, Björk e Claes Bang e Gustav Lindh. Suas atuações são viscerais e potencializadas pelo estilo característico de Eggers, que utiliza os planos centralizados para mostrar as diferentes faces dos personagens.

Eggers exubera seu estilo ao máximo, explorando através da narrativa terral do filme. A utilização do fogo e de materiais rústicos, é essencial para emoldurar a lenda de Amleth, principalmente em seus twists que exploram a constante manipulação sofrida pelo protagonista. Em 137 minutos, Eggers deseja mostrar um conto épico e sanguinário, e a busca pelo valioso mundo de Valhala.

O Homem do Norte estreia em 12 de maio nos cinemas brasileiros.