Críticas | Chamas da Vingança
“Chamas da Vingança” estreia hoje, 19 de maio, nos cinemas brasileiros.
Adaptações das obras de Stephen King estão mais frequentes do que nunca. Somente de 2019 para cá, são sete projetos na televisão e no cinema que encorporam histórias do autor, e com outros tantos a serem exibidos ou em processo de desenvolvimento.
Em 2022, começa com Chamas da Vingança (Firestarter, no título original), inspirado no livro lançado em 1980 nos Estados Unidos. E, se somos lembrados constantemente de It: A Coisa (2017), Louca Obsessão (1990), Carrie: A Estranha (1976) e O Iluminado (1980), e como foram essenciais para redefinir o gênero terror, Chamas da Vingança não mostra sua real presença dentro daquilo que proporciona.
O filme conta a história de Charlie (Ryan Kiera Armstrong), uma garota de 11 anos, capaz de manipular o fogo e gerar calor. Ela é filha de um casal que, quando estudantes universitários, participaram de um projeto chamado “Lote-6” e ganham habilidades como telepatia e telecinese. Andy (Zac Efron) e Vicky (Sydney Lemmon) fogem do governo, que planeja estudá-los e controlá-los, e escondem a verdade da filha.
Quando a agência, liderada por Jane Hollister (Gloria Reuben) contrata Rainbird (Michael Greyeyes), outro humano testado no projeto, para eliminá-los e levar Charlie até a DSI, o longa-metragem começa a se tornar uma corrida contra o tempo para se salvarem e ficarem em segurança.
O roteiro de Scott Teems (Halloween Kills) não imprime algo frenético, necessário para gêneros de fuga, e nem o suspense envolvente para ser permitido questionar onde acontecerá a emboscada. Previsível, o filme se sustenta, somente, pela ligação entre pai e filha e em interações mais humanas, como um jogo de queimada. Keith Thomas (The Vigil) faz um trabalho decente, com fotografia e trilha sonora que ajudam Chamas da Vingança a ser, pelo menos, aceitável.
Entretanto, um final que foge da obra original e da adaptação de 1984, é excruciante, vandalizando todo um trabalho narrativo para tentar justificar ações anteriores.
Por fim, Chamas da Vingança está longe de ser a melhor adaptação de alguma obra de King. Fugindo de alguns arcos narrativos propostos no livro, o filme se dedica a trazer um laço entre pai e filha forte, mesmo que se sujeite a cometer erros de somente aderir a ideias pertinentes, quando algo dá errado.
Chamas da Vingança estreia hoje, 19 de maio, nos cinemas brasileiros.
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