Listas | Meus filmes favoritos do Oscar
Edição deste ano do Oscar acontece no dia 27 de março.
“Não fique pensando no que aconteceu ou no que não aconteceu, senão você terá mil passados e nenhum futuro”.
Antes mesmo de assistir O Segredo dos Seus Olhos eu já conhecia a icônica frase dita no filme e tinha expectativas altíssimas para o mesmo por causa de um amigo que é fã.
Deve ter sido o primeiro filme argentino que assisti e não poderia ter começado melhor, com o astro do cinema argentino Ricardo Darín entregando uma performance memorável em um dos melhores filmes de crime da história.
Em 2021 Ridley Scott lançou o excelente O Último Duelo onde mostra três visões diferentes de um mesmo crime em uma estrutura episódica. Em 1950 o hoje colosso do cinema Akira Kurosawa fez isso com Rashomon, um filme de apenas 1h20min que questiona o valor e a sinceridade humana quando se existem ganhos com a mentira.
No meio dos anos 2000 Paul Thomas Anderson já tinha feito algumas pérolas como Boogie Nights, Magnólia e Embriagado de Amor, mas em 2007 ele fez um dos melhores filmes da história do cinema americano com Sangue Negro.
Contendo questionavelmente a maior atuação de história com Daniel Day-Lewis no papel de um empresário ganancioso, o filme é um western recheado de cenas e diálogos icônicos.
Foi a primeira parceria entre PTA, Jhonny Greenwood (fazendo a trilha sonora) e Daniel Day-Lewis, que 10 anos depois fariam a outra obra-prima Trama Fantasma. Esse filme é pessoal no nível de eu ter deixado o bigode por um tempo por causa do Daniel Day-Lewis.
É meio que subentendido que se o Oscar fosse aberto a indicações de todos os países, dificilmente algum americano ganharia na maioria das vezes, e o hype com Parasita foi tão imenso que eles não conseguiram manter ele na coleira de “melhor filme internacional”.
Até quem não gosta do filme tem que reconhecer que ele foi responsável por quebrar barreiras, e que estamos vendo o resultado disso até hoje com “Drive My Car” e “A Pior Pessoa do Mundo” concorrendo em categorias principais.
Parasita é o melhor dos dois mundos: um filme 100% sul-coreano mas que dialoga com todo mundo.
É quase religiosa a minha decisão de qual vai ser o primeiro filme que vou assistir no ano e em 2021 a escolha foi A Estrada da Vida, do “Maestro” Federico Fellini.
Eu não poderia começar o ano de forma mais depressiva mas também não poderia começar o ano mais encantado.
O tempo todo eu quis abraçar a personagem da Giulietta Masina e queria bater no Zampanò. Mas depois quis abraçar ele também. A vida é cruel. Filmaço demais.
Eu lembro até hoje do momento que saí do cinema depois de ter assistido Blade Runner 2049 e pensei ter assistido um futuro clássico.
O mestre dos blockbusters modernos Denis Villeneuve pegou todos os receios compreensíveis que o fã do filme original tinha em relação a uma sequência e fez milagre em um filme que se compara (na minha opinião supera) ao clássico estrelado por Harrison Ford.
É gigante na escala, mas aborda temas tão complexos e humanos quanto seu antecessor. Roger Deakins (agora um Sir) arregaça na fotografia colorida, desoladora e que contém um dos frames mais icônicos da década passada.
“Na Itália, durante trinta anos sob os Borgias, eles tiveram guerra, terror, assassinato e derramamento de sangue, mas eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e o Renascimento. Na Suíça, eles tinham amor fraternal, quinhentos anos de democracia e paz. E o que isso produziu? O relógio cuco.”
Não vou falar mais nada. Assistam O Terceiro Homem.
O aniversariante de 50 anos não poderia estar de fora de uma lista como essa. O Poderoso Chefão é muito apontado como o maior filme da história e com certeza é um dos filmes mais importantes da minha vida.
No papel parece uma ideia absurda fazer um ator iniciante como Al Pacino em 1972 ser tão importante na história quanto o personagem interpretado por Marlon Brando, mas o tempo mostrou que tudo que poderia dar certo deu certo e tudo que poderia dar errado também deu certo nesse filme.
Quase 10 anos antes de dirigir o ótimo A Mão de Deus, Paolo Sorrentino entregou um dos melhores filmes da década passada com A Grande Beleza, um daqueles filmes contemplativos sobre a vida, memória, arte, amor, amizade e a passagem do tempo. A citação final é uma das coisas mais lindas que já vi na tela e só de estar escrevendo isso estou com vontade de assistir de novo.
Um dos mais belos exemplos do poder do cinema independente e de como uma boa história e pouco dinheiro podem ter resultados absurdos.
Um dos mais belos exemplos do poder do cinema independente, e como uma boa história e pouco dinheiro podem ter resultados absurdos, Apenas uma Vez tem a estética de filme de estudante, só que tudo ao redor nos dá um sentimento que todos os envolvidos sabiam exatamente o que estavam fazendo. A química dos atores é de outro mundo, as músicas são memoráveis e o diretor John Carney se tornou um bom diretor de musicais depois da estreia arrebatadora.
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