Joss Whedon fala, pela primeira vez, sobre as acusações no set de ‘Liga da Justiça’
Diretor substituiu Zack Snyder durante regravações de “Liga da Justiça”, que deixou o projeto após suicídio da filha, em 2017.
Em entrevista à New York Magazine publicada hoje (17), Joss Whedon falou pela primeira vez sobre as acusações de má-conduta dentro do set de Liga da Justiça, em 2017, e também em Buffy, A Caça-Vampiro (1997 – 2003).
O diretor negou as alegações de Gal Gadot de ter “ameaçado” sua carreira durante refilmagens do filme baseado nos personagens da DC Comics. “Eu não ameaço pessoas. Quem faz isso?”, disse Whedon. Segundo ele, Gadot queria uma cena removida do longa-metragem e ele respondeu que ela precisaria amarrar o corpo dele em um trilho antes que isso acontecesse, afirmando que Gadot compreendeu erroneamente a frase por não ter o inglês como língua-materna. A atriz rebateu dizendo que compreendeu perfeitamente o que o diretor quis dizer.
Sobre as acusações de Ray Fisher sobre um comportamento abusivo, Whedon diz que não são verdadeiras nem com mérito de discussão, citando que conversou com o ator sobre as mudanças no enredo e cortou diversas participações de Ciborgue que não faziam lógica e que a atuação de Fisher era fraca. Além disso, Whedon diz que as ações do ator foram realizadas de má-fé, com o intuito de manchar sua carreira para reconstituir a de Zack Snyder (que deixou a pós-produção de Liga da Justiça, em 2017, após o suicídio da filha), e para o lançamento do corte original. “Estamos falando de um mau ator nos dois sentidos”, completa o diretor.
Whedon também comentou sobre as acusações de Charisma Carpenter durante a participação da atriz em Buffy, A Caça-Vampiro e Angel (1999 – 2004). De acordo com o diretor, ele não fez comentários maldosos à atriz quando estava grávida, citando que a maioria das suas experiências com Charisma foram encantadoras. Sobre as acusações de Michelle Trachtenberg, que, segundo uma investigação da Variety, não podia ficar sozinha com o diretor, Whedon afirma não saber sobre o assunto.
Outras acusações foram reveladas pela revista. Um membro da equipe de produção de Buffy afirmou que Whedon e um dos atores estavam “se amassando” no chão de seu escritório. Whedon, no entanto, afirma que, apesar de ter tido um relacionamento com um dos atores, a história lhe parece falsa, pois ele “vivia com medo” que seus affairs fossem descobertos.
Cynthia Bergstrom, da equipe de figurinos de Buffy durante a quinta temporada da série, disse que ela, Whedon e Sarah Michelle Gellar, protagonista do seriado, tiveram uma discussão sobre uma das roupas. Segundo Bergstrom, ele agarrou seu braço e enfiou as unhas em sua pele. Whedon afirma que não acredita nessa narrativa e que nunca chegou a ser físico com as pessoas quando estava bravo.
Um roteirista de Firefly (2002 – 2003) comentou à revista que Whedon menosprezou o roteiro de um colega e, ao invés de comentar privadamente, o diretor chamou uma reunião com toda a equipe e colocou as páginas em slide para “dar uma aula” sobre escrita ruim. “Os caras olhavam para baixo para suas páginas, e essa mulher estava lutando contra lágrimas o tempo todo”, disse o roteirista.
Por fim, Erin Shade, que trabalhou como assistente em Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. (2013 – 2020), série que foi co-criada por Whedon, disse que o diretor a envolveu em um relacionamento secreto quando ela tinha 23 anos e ele 49, incluindo pagando ela o valor de 2.500 dólares para vê-lo escrever em casa durante fins-de-semana, desde que ela escondesse o relacionamento dos chefes. Whedon diz que poderia ter lidado melhor com a situação.
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