Crítica | Pânico

Quinto capítulo da franquia “Pânico” estreia em 13 de janeiro nos cinemas brasileiros.

Vinte e cinco anos após o lançamento do filme original (e uma década desde a estreia do último filme da franquia), Pânico retorna para Woodsboro para continuar a história dos cidadãos da cidade que continuam sendo aterrorizados por alter-egos de Ghostface.

Dessa vez, somos introduzidos à Tara e Sam (Jenna Ortega e Melissa Barrera, respectivamente), irmãs que se tornam os alvos dos novos assassinos. Sendo uma sequência de Pânico 4 (2011), e uma espécie de revitalização da franquia, o filme funciona por querer encerrar os capítulos do trio original (vividos por Neve Campbell, Courtney Cox e David Arquette).

Com sua metalinguagem afiada, o roteiro desafia o público a esperar o susto — e enganar quando realmente irá acontecer. O filme entrega os momentos de dramas, de slasher (bem sanguinolentos), e de comédia, atravessando os gêneros e trazendo uma história competente para os fãs hardcore e para aqueles que iniciaram na franquia. Além disso, o longa-metragem traz outros personagens que apareceram ao longo dos quatro filmes para “passar o legado”, com namedrops, principalmente, do primeiro filme.

A direção de Matt Bertinelli-Olpin e Tyler Gillet, que tiveram a missão de substituir Wes Craven (que faleceu em 2015), é interessante, se assemelhando ao que conhecemos em outros filmes de horror e também da franquia iniciada em dezembro de 1996. Sem a censura por cenas gore, Pânico não economiza em trazer mortes violentas que abalam a estrutura de Woodsboro.

No fim, Pânico entrega um ótimo filme para aqueles que gostam do gênero e da sua estrutura. O longa-metragem, de 145 minutos bem explorados, é uma sequência/reboot que irá agradar à geração da internet que dissecam todos os detalhes de um filme, ao mesmo tempo que protege o legado e fãs antigos.

Pânico estreia em 13 de janeiro nos cinemas brasileiros.