Críticas | Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa

“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” estreia em 16 de dezembro nos cinemas brasileiros.

homem aranha 2
Jon Watts é o diretor do filme. (Foto: Reprodução)

Desde o lançamento de Vingadores: Ultimato (2019), filme que concluiu a saga do Infinito da Marvel nos cinemas, fãs não estavam tão desesperados para um lançamento do estúdio. Seja pelas teorias ou por se identificarem com o personagem, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa consegue mesclar tudo em uma grande homenagem ao que já esteve presente nas telonas e ao próprio início do personagem nos quadrinhos.

Após a revelação de Mystério (Jake Gyllenhaal) que Peter Parker é o Homem-Aranha, a vida do herói é transformada de cabeça para baixo. Enfrentando não apenas o questionamento público, o teioso precisará lidar com as consequências de seus atos em Londres e, também, buscar a proteção daqueles ao seu redor. Nessa sua jornada, acaba encontrando Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e pede um simples feitiço: que ele seja apagado da memória das pessoas.

Porém, enquanto o feitiço está sendo ajustado, ele pondera suas escolhas e pede para que alguns não esqueçam sua verdadeira identidade. Entretanto, tudo acaba saindo do controle e, mesmo com o feitiço não sendo realizado, acaba sendo um dos fatores da abertura do multiverso – algo que está sendo explorado gradualmente pela Marvel Studios em suas produções recentes como Loki.

Com isso, vilões que encontramos em versões passadas do Homem-Aranha estão de volta. Dr. Otto Octavius (Alfred Molina), Norman Osborn (Willem Dafoe) e Eletro (Jamie Foxx) são apenas alguns dos grandes embates do Homem-Aranha de Tom Holland (que entrega, possivelmente, sua melhor atuação dentro do MCU).

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa entrega à sua expectativa. Participações especiais são apenas detalhes dentro de tudo que acontece em quase 160 minutos de duração do filme. As ligações se tornam mais complexas, mais importantes e, principalmente, fundamentais para a jornada de Peter Parker como pessoa – indo muito além de ser herói de Nova Iorque.

O fator emocional está presente como nos acostumamos nas duas primeiras encarnações do herói, vividos por Tobey Maguire (entre 2002 e 2007) e Andrew Garfield (entre 2012 e 2014). Com espaço para mostrar a química entre os personagens principais vividos por Holland, Marisa Tomei, Jacob Batalon, Zendaya e Jon Favreau, o filme consegue mesclar bem o lado cômico e o drama em voga, sem perder a essência do que conhecemos do herói desde os quadrinhos publicados em 1962.

Jon Watts, diretor de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e dos outros dois filmes da trilogia, faz uma coisa única com o roteiro de Chris McKenna e Erik Sommers, trazendo unidade aos longas-metragens e oferecendo algo único para a Sony Pictures e a Marvel Studios. São momentos de tirar o fôlego, se emocionar e jamais esquecer do que já vimos do herói desde o início da sua aparição nos cinemas.

No fim, o filme é um grande momento de conclusão para abrir uma nova porta para Homem-Aranha, que ganhará nova trilogia pela Sony Pictures em um futuro próximo. O longa-metragem que falar sobre segundas chances, sobre a humanidade do herói e seu futuro como tal. É uma jornada emocional como vemos pouco no universo cinematográfico da Marvel (mais recentemente, talvez, seja Viúva Negra). É o momento perfeito para homenagear o personagem que completará 60 anos em 2022.

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa estreia em 16 de dezembro nos cinemas brasileiros.

Comentários