Críticas | Eternos

“Eternos” estreou nesta quinta-feira, 4 de novembros, nos cinemas brasileiros.

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Filme é dirigido por Chloé Zhao. (Foto: Reprodução)

Adaptar a história humana desde os primórdios da humanidade, é difícil. Através centenas de milhares de anos, suas culturais ancestrais e o desenvolvimento brutal dos humanos, mostra, detalhadamente, como somos ainda primitivos e com anseios que transformam o mundo – para o melhor ou pior.

Eternos (Eternals, no título original), novo filme da Marvel Studios, deseja mostrar exatamente esses avanços, enquanto também luta para que sua destruição iminente não aconteça. ‘Presos” na Terra por mais de sete mil anos, os heróis buscam a sua própria identidade, perdidos em séculos, e abraçar a própria narrativa.

Dirigido brilhantemente por Chloé Zhao, recém-vencedora do Oscar de Melhor Direção e Melhor Filme por Nomadland, o filme segue uma fórmula incontestável, trazendo detalhes inseridos nas histórias do estúdio há mais de uma década. Porém, Eternos também sensibiliza ao ser um pouco mais conciso, mais denso, com problemas similares aos enfrentados nos últimos longa-metragens dos Vingadores.

Logo somos apresentados ao grupo, enviados pelo Celestial Arishem, o Juiz, para à Terra, na época da Mesopotâmia, para liberar os humanos dos Deviantes. Após anos enfrentando os seres alienígenas, eles aguardam a resposta final para retornarem para Olympia, seu planeta de origem. Entretanto, anos se passam e eles continuam a viver na Terra, disfarçados, sem poderem interferir em diversos conflitos da humanidade. Quando descobrem que Deviantes retornaram, eles precisam de reunir novamente para eliminar a ameaça – mas não será tão simples.

O filme, com 159 minutos de duração, explora, separadamente, cada um dos Eternos, mostrando suas habilidades e seus próprios caminhos. Zhao, que escreveu o roteiro ao lado de Patrick Burleigh, Ryan Firpo e Kaz Firpo, estabelece conexões com delicadeza, além de explorar as mitologias que conhecemos e que nos é ensinado, sem deixar de citar os grandes heróis da franquia.

Com espaço para um crescimento, o filme trilha um novo caminho para o universo cinematográfico de conhecemos. Esse é o lema da Fase 4 da Marvel, iniciada em como WandaVisão, no Disney+, e com Viúva Negra, nos cinemas. Iremos entrar em territórios desconhecidos para mostrar a expansão do que fomos apresentados na primeira década. Em suas cenas pós-créditos, podemos teorizar sobre quais jornadas iremos encontrar nos próximos anos do estúdio.

Gemma Chan, Richard Madden, Angelina Jolie, Salma Hayek, Ma Dong-seok, Kumail Nanjiani, Lia McHugh, Brian Tyree Henry, Lauren Ridloff e Barry Keoghan estão confortáveis em suas aparições. A química entre seus personagens é palpável e entregam uma família que precisou se afastar para se complementar. Kit Harington, como Dane Whitman, terá papel fundamental para os próximos passos da Marvel, assim como Harry Styles como Eros/Starfox, irmão de Thanos (Josh Brolin) e o oposto do Titã.

Engana-se quem pensa que Eternos foge das propostas da Marvel. O filme encontra o equilíbrio ideal para a narrativa dos heróis, enquanto as cenas de ação e os efeitos visuais acontecem. Zhao traz um novo tempero ao que provamos durante 10 anos, mostrando as possibilidades quando enxergamos além de uma dimensão dos personagens dos quadrinhos, atualizando sempre para a audiência atual. Assim, entrega um produto com aperfeiçoamento e com a sensação de algo grandioso.

Eternos estreou nesta quinta-feira, 4 de novembro, nos cinemas brasileiros.

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