Críticas | Espíritos Obscuros
“Espíritos Obscuros” estreia nesta quinta-feira, 28 de outubro, nos cinemas brasileiros.
O folclore indígena norte-americano é constantemente utilizado para contar histórias no cinema. Com narrativas sombrias e espirituosas, os mitos locais fazem parte de produções que exploram o sobrenatural e o medo, misturando outras histórias para criar a próprio mitologia.
Espíritos Sombrios, novo filme de Scott Cooper e com produção de Guillermo del Toro, o filme é baseado no conto “A Quiet Boy“, de Nick Antosa, que também assina o roteiro ao lado de Cooper e C. Henry Chaisson. O longa-metragem mergulha no mito do wendigo, um espírito maligno, devorador de homens, em uma pequena cidade do estado de Oregon, nos EUA, quando uma professora do ensino fundamental começa a se preocupar com um de seus alunos, enquanto seu irmão, o xerife, começa a investigar assassinatos que ocorrem na região envolvendo corpos com sinais canabalísticos.
Estrelado por Keri Russell (The Americans), Jesse Plemons e Jeremy T. Thomas, o filme também explora o ciclo do abuso e suas consequências ao mostrar poucos flashbacks da personagem de Russell. Não é exatamente aprofundado, utilizado para criar uma conexão entre personagens e, principalmente, dar dimensão para a protagonista.
Cooper gosta de brincar com luzes para criar o suspense presente no filme. É inegável o seu trabalho para construir o ápice do longa-metragem, mostrando lentamente a transformação na criatura e seus ataques viscerais. Jeremy T. Thomas é uma boa surpresa ao ser pareado com Russell, principalmente nos momentos que aproximam do embate final com o wendigo.
O filme é uma agradável surpresa para o gênero em 2021. É assustador na medida certa, com alegoria sobre trauma familiar e, também, uma mitologia extensa capaz de entregar outras narrativas para o público.
Espíritos Obscuros estreia nesta quinta-feira, 28 de outubro, nos cinemas brasileiros.
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