Crítica | A Casa Sombria

Estrelado por Rebecca Hall, “A Casa Sombria” estreia em 23 de setembro nos cinemas brasileiros.

Ao assistir A Casa Sombria (The Night House, no título original), novo filme de terror da Searchlight Pictures, saímos com a sensação que algo foi interrompido, sem a certeza se isso é algo positivo ou não em relação ao longa-metragem dirigido por David Bruckner.

Estrelado por Rebecca Hall (Godzilla vs Kong), o filme narra sobre Beth, recém-viúva que retorna para sua casa após o suicídio do marido. Enquanto vasculha os pertences do falecido, encontra evidências de uma vida dupla – seja na criação de uma casa como deles, na outra margem do lago, ou nas diversas fotos de mulheres parecidas com ela em seu celular.

Por mais que o longa-metragem mostra, também, diferentes fases do luto (e consegue se sustentar bem em como Beth vai tentando encaixar o quebra-cabeça em sua mente), há uma desconexão com a proposta inicial de ser algo aterrorizante. Sim, existem seus momentos de tensão que fazem com que o público fique esperando o próximo susto. Porém, ao decorrer dos minutos, o roteiro de Ben Collins e Luke Piotrowski desliza para entregar soluções e conectar detalhes espalhados pelo filme.

Entenda: Hall é o grande triunfo de A Casa Sombria. Sua performance eleva todos os segmentos do filme, além de exemplificar o luto, e a busca por respostas, de forma delicada e poderosa. Entretanto, há algo que incomoda na forma como tudo termina, como chegamos as conclusões – ou até a falta delas. Mesmo os momentos sobrenaturais caem em situações já conhecidas do público em geral.

A Casa Sombria tinha todas as peças para se tornar o próximo clássico do terror. Com uma protagonista interessante, um enredo intrigante e um cenário belíssimo, o filme estava com todos os ingredientes para ser daqueles projetos lembrados por décadas e se destacar do gênero. Mas entregou algo mediano, mesmo que aproveitável.

A Casa Sombria estreia em 23 de setembro nos cinemas brasileiros.