Críticas | A Lenda de Candyman
“A Lenda de Candyman” estreia amanhã, 26 de agosto, nos cinemas.
Ao recontar lendas urbanas, ficamos presos em suas várias versões e como se desenrola em nossas mentes, mesmo que elas sejam parte de livros e outras narrativas. A Lenda de Candyman entrega algo que aliena o público que desconhece essa lenda e uma narrativa com simbolismos que excede expectativas.
Sequência do filme de 1992, e baseado no conto de 1972, A Lenda de Candyman é dirigido por Nia DaCosta, que comandará The Marvels (2021). O filme conta a história de um artista (Yahya Abdul-Mateen II) e sua busca pela próxima peça que levantará sua jornada no meio. Ao descobrir sobre a lenda do Candyman, começa a procurar mais detalhes sobre o mesmo em seu bairro, na cidade de Chicago, para realizar uma exposição sobre a lenda urbana.
Datada de 1890, a lenda diz que se disser o nome dele cinco vezes em frente ao espelho, ele irá aparecer. Um homem negro, com enxame ao seu redor, e um gancho como mão. Seja um casal antes de fazer sexo ou um grupo de adolescentes, todos terão suas gargantas cortadas — em cenas gráficas e com muito sangue.
Com reviravoltas interessantes, e que agregam para histórias espalhadas pelo próprio longa-metragem, há uma abundância de detalhes sobre o racismo e gentrificação, e como isso ainda afeta aqueles ligados a esses tópicos. Em tons de crítica, a nova produção de Jordan Peele (Corra!; Nós) tem um roteiro afiado que joga todos esses detalhes para o público, sem meias-palavras.
Se será algo a ser lembrado ao longo dos anos, não tenho certeza. Mas, para o momento que vivemos, é daqueles filmes que enchem com satisfação como é desenhado e entregue à audiência, sem hesitar em trazer algo relevante para tela.
A Lenda de Candyman estreia em 26 de agosto nos cinemas brasileiros.
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